sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

...not the same boy!

I'm not the same boy you used to know.
E' este o pensamento que me passa milhares e milhares de vezes pela cabeça.
E da'-me vontade de rir ao saber que no fundo pensas saber "o que a casa gasta".
Em tempos soubeste aliás conheceste-me como a palma da tua mão, sabias os meus passos,
sabias o que simplesmente iria dizer, ou por mais simples que fosse a acção, conseguias sempre
estar um passo a' minha frente.

(..)

Descobri onde se atinge a perfeição.
Só tem de me ter e aquela pessoa que me faz sentir assim, nus de preconceitos,
nus de farrapos e plásticos, nus de tintas e álcool, sem nada que nos disfarce ao mundo. Só sendo nós mesmos.
Verdadeiramente nós , na simplicidade única do que somos feitos.

(..)

Revejo fotos, umas atrás de outras e.. encontro-te!
Faço as mais diversas alterações a estas, apenas para a tornar o mais real possível. E vou ficando paralisado
a olhar um conjunto infinito de pixéis, que ali se mantêm sem vida, que por vezes parece que me olham.. Mas não,
não reagem, é apenas mais um fruto da minha imaginação.
Leio os textos que escrevi só para ti, e não sinto o olhar humedecer, passo a mão no ecrã e não consigo sentir os cabelos
entre os meus dedos; acaricio-te a cara e não vejo esses olhos esconderem-se no seu refugio, onde a realidade é a que imaginamos.
E assim fico a olhar para ti.. Na esperança que dali te movas em minha direcção.. mas espero em vão.
Continuas ali, estática, imóvel.. Linda! Ali ficas ausente.
Fico a contemplar a imagem que invade as minhas noites e se apossa de todos os meus sonhos.
A tua ausência sufoca-me, sabias?
Páro de te olhar e vou lá fora, preciso de sentir o ar gélido e imaginar que, onde quer que estejas, também me procuras (talvez não).

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