Eu amava-te desde sempre, quando nos defeitos dos outros que tu tens e que não tens, porque em ti, eles têm outro significado, o sentido do imperfeito,
da essência humana. Amava-te anos antes de ouvir o som da tua risada, da tua voz, que lava a minha alma como a água da chuva lava as pétalas da rosa.
Amava-te antes de sentir as tuas mãos no meu rosto, teu hálito ao pé do meu ouvido. Amava-te quando era menino, balbuciando palavras que um dia me
mostrarias o significado, ou quando via pela primeira vez coisas que tu reinventarias num olhar. Te amava e te amo desde sempre,
quando estavas ocupada em me encontrar sem saber ao certo quem procuravas. Eu também me ocupava em te encontrar até ao dia no qual nos (re)conhecemos.
Amava-te onde não estavas, através da minha existência que estava a cada dia mais próxima da tua. Amava-te quando me perguntavas o caminho de meu coração,
já atingindo a minha alma, que eu preparava secretamente para sermos um do outro. Amava-te tanto, amo-te tanto, amar-te-ei tanto porque antes de estares
comigo, já estavas, no que (poderia vir a) ser um dia "nós".
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
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